quinta-feira, 4 de abril de 2013



 
"Ainda pior que a convicção do não
é a incerteza do talvez,                    
É a desilusão de um Quase!

É o Quase que me incomoda,
que me entristece, que me mata
trazendo tudo o que poderia ter
sido e não foi


Quem quase ganhou
Ainda joga!


Quem quase passou
Ainda estuda!


Quem quase amou
Não amou!

Basta pensar nas oportunidades que escaparam
pelos dedos, nas chances que se perderam por
medo, nas idéias que nunca saíram do papel,
por essa maldita mania de viver no Outono.


Pergunto-me, às vezes, o que nos leva
a escolher uma vida morna.


A resposta eu sei de cor, está estampada
Na distância e na frieza dos sorrisos na
frouxidão dos abraços, na indiferença de
um bom dia quase que sussurrado.


Sobra covardia e falta coragem
até para ser feliz.          
   

A paixão queima!
O amor enlouquece!
O desejo trai!


Talvez esses fossem bons motivos
para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.


Se a virtude estivesse mesmo
no meio-termo...

O mar não teria ondas!
Os dias seriam nublados!
O arco-íris em tons de cinza!


O nada não ilumina...
Não inspira!
Não aflige!


Não acalma...
Apenas amplia o vazio que cada
um traz dentro de si.


Preferir a derrota prévia à dúvida
da vitória é desperdiçar a oportunidade
de merecer.


Para os erros
Perdão!
Para os fracassos
Chance!
Para os amores impossíveis
Tempo!


De nada adianta cercar um
coração vazio ou economizar alma.


Um romance cujo fim é instantâneo
ou indolor, não é romance.


Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode, que o medo
impeça de tentar.


Desconfie do destino e acredite em ti.
Gaste mais horas realizando que sonhando...


Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...


Porque, embora quem quase
morreu esteja vivo, quem quase
vive, já morreu..."
(Sarah Westpal)














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